Começou o ano no Vasco, proposta que o fez desencanar do Botafogo de Ribeirão Preto, com o qual estava apalavrado. Não resistiu à má fase, no Rio, e foi apeado por Eurico Miranda.
Em seguida, achou porto seguro na Ponte, onde se deu muito bem e fez excelente trabalho de recuperação, seu e do time. Com isso, chamou a atenção do São Paulo, que o convocou para o lugar de Juan Carlos Osorio.
Lá vai Doriva mudar de barco outra vez, em tão pouco tempo. Não está errado nem o chamem de mercenário por trocar Campinas pelo Morumbi. Assim como técnicos são demitidos sem aviso prévio, eles têm o direito de aceitar ofertas que considerem tentadoras. Vale lembrar que, ainda no Vasco, recusou convite para ir para o Grêmio.
Pega um São Paulo que estava em processo de mudança com a inquietação do colombiano e na briga por coisas boas. O time, com oscilações, está bem no Brasileiro e é semifinalista na Copa do Brasil. Alguns jogadores melhoraram desempenho com Osorio. Se manterão a toada com Doriva, é outra história. Aliás, se Doriva dará certo, também só o tempo dirá.
A questão é: quanto tempo o São Paulo dará para ele de crédito? Um clube politicamente tão agitado e instável terá paciência com eventuais turbulências da equipe com Doriva?
É um risco que Doriva aceitou correr movido por ambição justa. Risco que o São Paulo também vai encarar.