Pois é, no mundo maravilhoso do futebol mundial, cheio de decência e honestidade fez bem o colombiano. Não deveria mesmo pegar a camisa do Neymar. Onde já se viu?
Pelo menos na opinião de quem considerou atrevido o gesto do brasileiro.
Por quê? Ah, talvez porque seria uma confissão pública de que participou dos três gols brasileiros: cabeceou a bola no primeiro, desviou do goleiro no segundo e deu um chutaço no terceiro gol contra os peruanos.
Bobagem, apenas aparência. No fundo, hipocrisia. Se tivesse dado o presente nos vestiários, longe de testemunhas, poderia? Subornar arbitragens, por exemplo, pode?
Às vezes, os sentinelas exageram no superficial e pecam no mais profundo. Parece antiético dar camisa ao juiz, depois da partida, mas falta investigação apurada a respeito de arbitragens danosas.
Durante muito tempo se fecharam os olhos para a Fifa, para a Conmebol, para a atuação de dirigentes que se vestem com apuro, promovem viagens e distribuem convites para figurões e figurinhas de todas as áreas.
Só falta pedirem punição para Neymar...
O mundo do futebol é podre, e tem quem goste de pintá-lo com cores suaves.
(Com Roberto Salim.)