Eis o ponto que me parece importante: Prass e Aranha sabem do peso do, digamos, rival e concorrente à vaga. Experientes, rodados, ambos têm noção de que vacilos podem custar a camisa no time. Um olha para o banco e vê que lá estará alguém à altura para substituí-lo e, se for o caso, para mandá-lo para a reserva. Não há um jovenzinho em busca de aprendizado.
A prática pode desmentir, mas na teoria fez bem a direção palestrina ao contratar Aranha, em princípio como alternativa para Fernando Prass. Houve temor evidente de que se repetisse situação do ano anterior, em que o titular e capitão se machucou, ficou longo tempo fora de ação e os que entraram não deram conta do recado. Bruno, Fábio, Deola não passaram tranquilidade.
A sombra faz bem em qualquer atividade. Quem confia no próprio taco não teme concorrência. Ao contrário, apura o faro, melhora, trata de superar o desafio com eficiência. Se pensarem e agirem dessa forma, Prass e Aranha crescerão, ganharão e, por extensão, ajudarão muito o Palmeiras.