Lamentações à parte, as duas equipes fizeram um jogo movimentado, sobretudo no segundo tempo, quando surgiram cinco gols. E morreram abraçadas no sonho de alcançar o G-4 até o encerramento do Brasileiro. O Palmeiras tem 49 pontos e o Furacão está com 47.
O Atlético-PR foi rápido na abertura dos trabalhos e ficou em vantagem no primeiro minuto, com Marcos Guilherme, que aproveitou a enésima falha de marcação do sistema defensivo verde. E basicamente nisso se resumiu a parte inicial. O Palmeiras teve a proeza de não chutar a gol.
Postura que mudou depois do intervalo. A turma de Marcelo Oliveira deve ter levado uma bronca, acordou, pressionou e empatou com Robinho aos 8, em boa jogada de Gabriel Jesus (para mim, teve condução da bola com o braço direito antes de fazer o passe).
O Palmeiras animou-se, forçou, criou situações e virou com gol de Jackson, de cabeça, aos 28. (Poucos minutos depois, levou vermelho em lance que o amarelo teria sido mais justo.)
Para botar fogo de vez, Evandro entrou no lugar de Barrientos e comandou nova virada, aos 38 e aos 41. O terceiro gol veio em rápida cobrança de falta na intermediária - e os palmeirenses reclamaram porque antes, em situação semelhante em favor deles, Dewson não havia permitido a cobrança.
Já no final, o empate definitivo, com Alecsandro. Na comemoração, Robinho falou um monte para o juiz e foi expulso.
O que o jogo mostrou de bom para o Palmeiras? Que tem poder de reação, quando se aplica e quando Gabriel Jesus, Robinho e Dudu estão inspirados. Valeu, também, pelo retorno de Arouca, que entrou no segundo tempo. E o que revelou de preocupante? O time continua a levar gols demais, pois deixa o sistema defensivo exposto.