Entre um e outro, está a verdade dolorida: o Botafogo corre riscos. Grandes. O time de Ricardo Gomes mostra fragilidade excessiva, na largada da Série A, emendou neste domingo a terceira derrota consecutiva, nos 3 a 0 para o Santos, e se mantém na zona de rebaixamento. De lá, não sairá, ao menos neste final de semana.
Pior do que os resultados é o futebol mostrado até aqui. Fraco, instável, inseguro. Se perdesse, mas com boas atuações, passaria esperança ao torcedor. Ou seja, não se trata de resultados ruins, mas de futebol insatisfatório. Isso ficou evidente, outra vez, no clássico disputado no Pacaembu, no final da manhã.
O Botafogo incomodou Vanderlei em raríssimas ocasiões. E, para piorar, teve pênalti desperdiçado por Neilton, aquele jovem revelado no Santos e que, ao surgir, alguns pintavam como o novo Neymar. Fora isso, nada. Foi envolvido por um Santos também em busca de afirmação e rumo, sobretudo agora sem Lucas Lima, Gabriel e com Ricardo Oliveira contundido.
A rapaziada de Dorival Júnior soube fazer a lição de quem joga em casa contra adversário em pior situação: foi pra cima, criou (não muito) e aproveitou as chances. Por isso, fechou o primeiro tempo com 2 a 0, gols de Vitor Bueno (um gol de placa, com direito a chapéu no goleiro) e Paulinho. No segundo tempo, Bruno Silva (contra) fechou a conta.
O Santos está no meio da tabela e, ao menos por ora, não entra na turma dos que vão lutar pelo título. Mas, com o perde e ganha enorme, não deve considerar-se carta fora do baralho. O Botafogo, no momento, frequenta a zona do descenso. E, pelo que tem mostrado, talvez se demore por lá.
