Houve, portanto, pés sul-americanos na conquista do gigante europeu. E como houve! O trio principal do Barça ainda uma vez foi fundamental para destruir defesa e, com estilo, graça e eficiência, garantiu o sexto título (considerando as versões antiga e moderna do torneio).
Não há o que contestar na vitória do Barcelona. O filme foi o mesmo de duelos anteriores de Mundial - ou mesmo de jogos em torneios espanhóis ou continentais. O time catalão dominou, o adversário tratou de defender-se como pôde até jogar a toalha e render-se.
Não foi diferente com o River, que resisti até os 35 minutos do primeiro tempo, quando saiu o gol de Messi em jogada com Neymar. A conta foi fechada na segunda parte, com os gols de Suárez aos 4 e aos 22. O River só acordou quase no final, quando não podia mudar a história da partida: num lance obrigou Bravo e ótima defesa e, noutro, mandou bola na trave. E só.
O duelo mostrou o óbvio: é praticamente impossível competir com os grandes da Europa num duelo mano a mano. Com o poder financeiro que têm, compõem elencos multinacionais de artistas e atropelam os desavisados que passam na frente deles.
Não é por acaso que, nas últimas nove edições, ganharam oito - só perderam a de 2012, ano em que o Corinthians bateu o Chelsea por 1 a 0. E, ironia das ironias, jogadores sul-americanos têm sido decisivos nessas ocasiões, como mostrou o jogo deste domingo.
A América do Sul fornece os craques; a Europa fica com a fama.