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Por Antero Greco
Atualização:

Não vou falar de detalhes do jogo, pois suponho que pôde degustá-los pela televisão e pelo noticiário online. De qualquer forma, fica o resumo, bem sucinto: o Atlético deu vareio no Real, sobrou em todos os sentidos, não foi ameaçado em nenhum instante (o goleiro Moyá nem sujou o uniforme) e tinha liquidado o desafio com 18 minutos do primeiro tempo, nos gols de Tiago (aos 14, frango de Casillas) e Saul Niguez (18).

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Na etapa final, Griezman (aos 22) e Mandzukic (aos 37) fecharam a conta, com direito a "olé!" O Real contou com o retorno de Cristiano Ronaldo, após suspensão, e o melhor do mundo não jogou nada. A defesa estava bastante modificada e ficou perdidinha. Com o resultado, a briga pelo título continua boa, com Real (54 pontos), Barcelona e Atlético Madrid com 50.

Pra mim o que conta é o molho saboroso que há no duelo local, doméstico.Ok, que o rival do Real, no plano nacional - e mesmo internacional - é o Barcelona. Os dois vivem a apostar quem é o maior, mais rico, mais vencedor ou que gasta mais em contratações etc e tal.

Mas incomoda pra burro perder para o vizinho, para aquele que está ao lado, com quem se cruza a todo momento na rua; enfim, para o primo pobre. E isso é o que vem ocorrendo com o Real, com frequência. Sim, teve a vitória expressiva em Lisboa, na final da Champions do ano passado. Só que nos combates em casa o Real tem sido freguês de carteirinha do Atlético. Só na atual temporada, se toparam seis vezes, com quatro vitórias do Atlético e dois empates. O Atlético faturou a Supercopa da Espanha e eliminou o Real da Copa do Rei.

A lição que fica é a de que não se pode matar a picuinha bairrista; esse tira-teima parece restrito a brigas de comadres, mas no fundo é o que dá amplitude ao futebol. Vida longa à rivalidade entre clubes da mesma cidade ou, no máximo, mesma região.

Isso é incentivado lá fora e não pode ser extinto aqui no Brasil.

 

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