Monotonia não teve espaço no estádio alemão. Do começo ao fim, a disputa manteve-se aberta, com surpresas e possibilidade de reviravolta. E, mais importante, com jogo limpo, sem catimba em excesso, sem violência, sem ignorância. Um lado e outro se preocupou em jogar bola, tarefa simples e bem executada.
O Bayern desempenhou o papel que se esperava dele - o de pressionar, apertar, ir à frente. A responsabilidade da vitória era para a turma de Pep Guardiola. E o treinador espanhol não fez por menos: botou a rapaziada pra o abafa, com Vidal e Alonso na saída de bola, Douglas Costa, Ribery e Muller abrindo espaços e Lewandowski enfiado na área.
A insistência do Bayern poderia ter-lhe rendido vantagem de 2 a 0 antes do intervalo. Mas ficou apenas no gol de Xabi Alonso aos 30, pois Muller chutou pênalti que o goleiro Oblak pegou. O futebol da turma da casa era melhor.
No segundo, o Atlético adiantou-se, empatou com Griezzaman aos 12, levou o segundo (Lewandowski aos 28) e também perdeu chance em pênalti (mal marcado pelo árbitro): Torres chutou e Neuer defendeu. O Bayern insistiu mais até o apito final, sem criar grandes ocasiões para o terceiro gol, aquele que valeria a classificação.
O duelo mostrou que o Bayern continua com belo esquema, tem jogadores talentosos, mas de novo lhe faltou a centelha de campeão na hora H. O Atlético de Diego Simeone é um grupo guerreiro, aplicado, também composto por atletas de bom nível. Tem um pingo a mais, digamos assim, de sangue, na hora do aperto.