A um Botafogo de magia com Zequinha, Gérson, Jairzinho, Roberto Miranda. E, quando a bola começar a rolar na Arena da Ilha do Governador, as recordações bateram mais forte: o time da Estrela Solitária treinado por Jair Ventura atropelava a equipe gaúcha, com um primeiro tempo admirável, que garantiu a vitória final por 2 a 1.
E o que o time do filho do Furacão da Copa mostrou de tão especial?
Vinha de derrota vexatória para o Cruzeiro pela Copa do Brasil (5 a 2) e estava a apenas dois pontos da zona de rebaixamento. Ao contrário do Grêmio, que chegava descansado e pronto para se aproximar dos líderes do campeonato.
O que o Botafogo mostrou de especial foi o meia Camilo, com toque de bola de primeira e passes perfeitos. Mostrou também um atacante esperto e finalizador como Sassá.
E, de quebra, apresentou o ala Luís Ricardo, com atuação decisiva para a vitória alvinegra. Foi dele o cruzamento para o golaço de Camilo aos 21 minutos: o meia acertou uma bicicleta, sem a menor chance de defesa para o goleiro gremista.
Aos 29 minutos, outro passe de Luís Ricardo. Desta vez para o artilheiro Sassá, que bateu na saída de Bruno Grassi: 2 a 0 - o décimo gol de Sassá na competição.
Pronto!
Terminam aqui as comparações com o velho Botafogo.
No segundo tempo, o time se esforçou. Numa tabela entre Neilton e Sassá, quase saiu o terceiro gol. Mas foi só: o artilheiro se machucou e foi substituído. O ala Luís Ricardo também sentiu contusão e deixou o campo. Camilo perdeu o fôlego.
Aí o Grêmio diminuiu o placar, com um gol de Batista quase da linha de fundo, mas não teve forças para chegar ao empate. O craque Luan, desta vez, teve atuação discreta e os gaúchos deixaram o campo conformados.
O resultado de 2 a 1 acabou com tabu de cinco anos sem vitória sobre o Grêmio. E o velho Furacão deve ter ficado orgulhoso com a terceira vitória do filho, que assumiu o comando do Botafogo desde que Ricardo Gomes partiu para o Morumbi.