Pode parecer exagero.
Mas é só olhar a classificação das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa de 2018 para ver que o Equador não está para brincadeira. Está no topo, com o Uruguai.
A torcida é fanática, os times se fortalecem, os jogadores ganham destaque internacional e o grito de guerra garante que é possível uma façanha: "Si se puede, si se puede!!!" - gritam os torcedores.
E um dos futebolistas que começaram esta virada esportivo-cultural foi um brasileiro. Seu nome: Moacir, campeão do mundo de 1958, na Suécia.
Moacir jogava no Flamengo ao lado de Joel, Dida e Zagalo - todos daquela maravilhosa seleção do primeiro caneco.
Ele era o reserva de Didi e não entrou em nenhuma partida da Copa. Mas garante que fez "muitos gols" após a vitória na finalíssima sobre a Suécia, por 5 a 2.
"Na festa em Estocolmo, após o jogo, as mulheres me procuravam achando que eu era o Pelé. Neguei uma, duas vezes, aí não deu mais... Fui Pelé por uma noite inteira".
Moacir encerrou a carreira de futebolista no futebol equatoriano. Foi treinador do Barcelona de Guayaquil - cidade onde vive até hoje.
Neste sábado à noite o Brasil enfrenta o Equador, na estreia na Copa América. Ao contrário das outras vezes, a equipe nacional não é favorita. O time de Dunga parece uma colcha de retalhos, com jogadores sendo dispensados e chamados a toda hora.
Parece que o Brasil é o Equador de outros tempos. E vice-versa.
Para quem será que o velho Moacir estará torcendo esta noite?
(Com participação de Roberto Salim.)