E muitas vezes as pessoas que estão falando para poucos amigos, reservadamente ou mesmo consideram que fazem reflexões interiores. E dá-lhe confusão. A mais recente foi o desabafo de Jeniffer Setti, mulher de Osvaldo de Oliveira. Ela criticou, no Fêice, o fato de o Botafogo estar com salários atrasados, sem jogadores, sem estádio, etc.
A intenção era a de ressaltar o trabalho de Osvaldo, mas há críticas nem um pouco veladas ao clube e à torcida. Claro que, caiu na rede, caiu na boca do povo. Fez barulho, a ponto de levar o treinador a manifestar-se a respeito. Osvaldo não viu nada de mais na atitude e ainda lamentou que tenha ocorrido invasão de privacidade por parte de alguns meios de comunicação.
Entendo o gesto de Osvaldo - eu faria o mesmo com minha mulher. Ele agiu de acordo com o que se esperava de um marido. E ainda por cima tratou de apagar o foco de incêndio. É seu papel, nada a retrucar. E nem acho mesmo que ela tenha cometido um ato grave. Gafe, no máximo.
Mas a verdade na verdade é preciso criar ainda uma etiqueta, um código de conduta, para as redes sociais. Ainda mais se se tratar de pessoa pública ou alguém ligado a personagem conhecido e popular. Ingenuidade achar que se fala só para os íntimos. Não se deve ceder à censura; mas bom senso e cautela não fazem mal.
No mundo de hoje, tudo é bisbilhotado, todos têm seus dados acessados com rapidez e facilidade. Tem-se uma sensação de liberdade ilimitada, mas é falsa. Mais do que nunca, nossos passos são vigiados. Molezinha, molezinha.