O que chamou a atenção no jogo foi a quantidade de gols. Algo anormal, sobretudo pelo retrospecto impecável do Corinthians, que entrou em campo como a defesa menos vazada, com apenas 10 gols. O Sport, por outro lado, sustentava a marca de apenas uma derrota na Série A, e fora de casa, justamente para o Atlético-MG. Fora isso, conseguiu empates e vitórias.
O Sport foi valente do começo ao fim. Largou, até, melhor do que o Corinthians. Mas prevaleceu a eficiência alvinegra, que abriu o marcador na primeira arrancada, com Luciano aos 12 minutos. O Leão não se abalou, foi à frente e empatou pouco depois, com André, o surpreendente atacante que ressurgiu no campeonato. Daí pra frente foi equilíbrio cá e lá, até Luciano aparecer de novo para recolocar o Corinthians em vantagem, segundos antes do intervalo.
Luciano poderia ter fechado a conta no início da etapa final, em lance individual salvo em cima da linha. Mas veio o terceiro gol, em arrancada de Malcom, que Samuel Xavier tentou cortar, mas mandou para o gol. (O juiz deu gol para Malcom.) Sorte liquidada? Que nada. Hernani Brocador, que havia substituído André, agitou o estádio em Itaquera com dois gols e um empate quase improvável.
Daí entrou em cena a arbitragem. Numa jogada de linha de fundo, a bola chutada por Guilherme Arana tocou no braço de Rithely e o árbitro paulista Luís Flávio de Oliveira marcou pênalti. Jogada no mínimo polêmica. Jadson fez o gol que definiu o 4 a 3. (Em lance similar, em Cruzeiro x Flamengo, na quinta rodada, o mesmo árbitro não deu pênalti para o Fla.)
O que fica da partida? Muita coisa. O Corinthians se reencontrou, é forte, entrou de sola na briga pelo título, pode ficar com o rótulo de forte candidato. O Sport também tem fôlego para continuar na trilha do G4. E finalmente: por que escalar um árbitro da FPF para um jogo em que havia um paulista envolvido? Mais uma na conta da CBF.