Assim terminou o julgamento do mais novo caso de doping do ciclismo brasileiro: o atleta é Ricardo Andrei Queiroz Ortiz, campeão paulista de provas de montanha. E o técnico é Luiz Mazzaron, da equipe de Osasco.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Ciclismo reuniu-se, em Curitiba, e concluiu que houve a fuga do atleta convocado para driblar o exame antidoping.
O fato aconteceu no dia 15 de novembro, quando foi realizada em Botucatu uma das etapas da Copa América de Ciclismo. Após a competição, Ricardo Andrei foi um dos escolhidos para o exame. Mas,segundo a procuradoria do STJD, teria fugido, com o auxílio do treinador.
Isso nunca tinha acontecido no ciclismo nacional. É até comum atletas se recusarem a disputar uma prova, alegando contusão, quando ficam sabendo que haverá controle antidopagem; desaparecer após a disputa é raríssimo.
O desafio do julgamento era provar que o técnico Luiz Mazzaron também estava envolvido. E os juízes, sem provas suficientes, optaram por inocentá-lo.
O procurador geral do STJD, Said Mohmoud Abul Fattah Júnior, enviou ao blog o resumo da reunião.
"A Comissão Disciplinar:
1) julgou procedente a denúncia da Procuradoria para condenar, por maioria de votos, o atleta Andrei Ortiz a uma pena de 4 anos e
2) por maioria de votos, absolveu o técnico Luiz Mazzaron da acusação de cumplicidade.
O acórdão está sendo lavrado pelo relator".
Att
Said Fattah"
(Com reportagem de Roberto Salim.)