Os dois rivais jogaram para não perder - e, por extensão, para não vencer. O São Paulo até um pouco mais ofensivo, mas nada excepcional. O Corinthians claramente com opção de evitar o desastre que representaria cair diante de um adversário que humilhou no primeiro turno. A mistura dessa postura foi um duelo sem momentos de adrenalina, sem beleza. Um jogo que não entrará para a história.
O São Paulo ensaiou pressionar com jogadas de Dagoberto e Lucas logo nos primeiros minutos. Foi ilusão passageira, porque o Corinthians se recompôs do susto, apertou a marcação no meio-campo e segurou as descidas tricolores. Em contrapartida, Willian, Emerson e Liedson não apareciam, a ponto de Rogério Ceni não ter feito nenhuma defesa espetacular.
O Corinthians ainda ficou sem Leandro Castan, improvisado na esquerda, o que obrigou Tite a queimar uma substituição e colocar Fábio Santos, o lateral que curtia banco. Não mudou nada. O melhor lance da etapa inicial veio já nos acréscimos, com uma cabeçada de Casemiro que morreu na trave.
O segundo tempo foi melhor? De jeito nenhum. Foi até mais monótono, mesmo com mudanças que os técnicos foram fazendo. Ninguém se destacou, o Corinthians não chutou (teve só um lance de perigo, num cruzamento que Emerson desviou de cabeça) e o São Paulo mostrou domínio sem eficiência. Resumo da ópera: que jogo insosso, chato, aborrecido! E os dois estão no topo da tabela.