O grupo comandado por Adilson Baptista passa confiança para seu torcedor porque transpira solidariedade, seus atletas fazem o jogo de equipe, não há o predomínio da individualidade. Jucelei e Elias, por exemplo, continuam a ser os pilares do meio-campo, mas contaram de novo com o motorzinho Jorge Henrique e com alguns lampejos de Bruno César. Leandro Castan e Boquita foram batalhadores.
No ataque, Iarley coloca sua experiência em favor do conjunto e, mesmo a léguas de ser um Ronaldo, cumpre sua função de fazer gols - marcou mais um. O líder tem a melhor artilharia - 43 gols em 23 partidas. A defesa às vezes vacila, mas também executa seu papel e, com 24 gols sofridos, é das menos vazadas.
Talvez não seja um Corinthians vistoso - e por acaso há algum time que seja muito diferente? Existem pegadinhas no caminho do quinto título do Brasileiro, da mesma forma que Cruzeiro e Fluminense têm obstáculos sérios pela frente. Mas, ao conseguir vitórias como visitante - na semana passada passou pelo Flu no Rio (2 a 1) - pavimenta a estrada para a festa no final do ano.
O Santos precisa colocar a cabeça no lugar. Os últimos dias foram desgastantes e parece que vai demorar para retomar o prumo. Salvo reviravolta espetacular, 2010 terminou, com saldo que não é ruim: os títulos paulista e da Copa do Brasil. Hora de pensar seriamente nos desafios de 2011, a Libertadores é um deles.