O Corinthians antes tinha ritmo aparentemente lento, se fazia de folha, mas cercava os adversários de tal forma que eles não tinham liberdade para jogar desde a defesa. E, quando menos esperavam, tomavam um contragolpe, levavam gol e tchau e bênção. Foi assim que vieram títulos do Brasileiro, da Libertadores, do Mundial, por exemplo.
A toada aparentemente não mudou, mas mudou sim, e pra pior. O Corinthians afrouxou na saída de bola dos rivais, não é incisivo e ousado no ataque, erra finalizações acima da média. A tática ficou manjada e esbarra num esquema simples e bem montado como foi o do Goiás. Sem inventar nada o alviverde encarou o campeão do mundo de igual para igual e, sem incomodar muito o Cássio, marcou duas vezes, o suficiente para ganhar.
A situação anda tão esquisita que a Fiel vaiou a equipe e entoou refrões de cobrança. Isso não acontecei há pelo menos dois anos e meio, período do auge de conquistas. A máquina emperrou e Tite, o comandante dos bons momentos também contribui para isso. Ele tem feito substituições previsíveis, assim como a estratégia de jogo.
Sou a favor da permanência dele, desde que reaja, junto com o grupo, e arrisque mais. Ensaie um número novo, altere o repertório, enfim se mexa e chacoalhe o grupo. Ao mesmo tempo, é preciso começar planejamento pra 2014, e que se inclua nele uma série de mudanças no elenco. Haverá vagas no elenco, pode apostar.
O bacana, nessa história, é o Goiás. Como quem não quer nada, chegou a 29 pontos, só um atrás do Corinthians. E sem elenco badalado e com Walter como destaque. O bojudo centroavante passou em branco, mas atrapalhou um bocado a defesa corintiana.