Por isso, há disparidade muito grande de desempenho, quando entra em campo só a turma que costuma frequentar o banco. Ou o time alternativo, como agora virou moda chamar os regra-três, para ficar no politicamente correto.O pessoal que compõe elenco não consegue segurar o rojão, ao contrário do que ocorre com os poderosos na Europa, que montam duas formações quase do mesmo nível.
O Corinthians tem exposto essa deficiência, que afinal não é apenas dele, mas de todos os bons daqui que se aventuram a disputar duas competições simultaneamente. Os reservas alvinegros, isoladamente, têm dado conta do recado, ao se misturarem aos titulares. Aliás, alguns como Júlio César e Liedson (e até Willian) foram figuras constantes na campanha do título brasileiro do ano passado e até recentemente estavam no time de cima. Mas, todos juntos, não rendem bem.
Isso ficou evidente diante de uma Ponte também limitada, porém, completa e empolgada. A equipe de Campinas foi melhor do que o Corinthians e mereceu vencer até por placar mais generoso (Roger perdeu chance incrível no segundo tempo). Em todo caso, aproveitou a fragilidade do adversário e deu uma melhorada em sua situação na Série A.
É chato para um campeão perder quatro de cinco jogos disputados e se contentar com um empate? Claro que é. Chato segurar a lanterna? Bota chato nisso. O torcedor só não cobra porque está à espera de que objetivo maior seja alcançado, o título da Libertadores. E Tite não quer correr riscos de desgastar os titulares justamente por conhecer até onde podem ir os reservas.
O problema dessa opção está no risco - a ser levado em conta - de falhar no torneio continental e depois ficar sem chance de manter a hegemonia nacional. Um temor, no entanto, não tira o sono corintiano: o rebaixamento. Primeiro, porque é possibilidade ainda remota para todos os integrantes da elite, num campeonato de 38 rodadas. Ameaça menor sobretudo para quem tem um time titular competente, como é o caso do Corinthians. Mas só o time titular.