Como assim?! Explico.
Resultado à parte, os corintianos revelaram coesão maior, continuidade da trajetória que atingiu o auge com o título brasileiro. Mesmo com modificações em relação a 2017 (saíram Pablo, Arana e Jô), a equipe de Carille passa a sensação de que atingirá com maior rapidez um bom nível de competitividade.
A base se manteve, os jogadores sabem o que fazer, conhecem as intenções e estratégias do técnico, e isso facilita a tarefa de atingir objetivos. Falta acertar o substituto de Jô na frente. Kazim começou de novo como titular, negou fogo e cedeu lugar para Júnior Dutra. Que deu mais velocidade, mas ainda não atingiu entrosamento, o que é normal.
Já o São Paulo passa por mudança mais acentuada, também sofreu baixas significativas (Hernanes, Pratto) e está emperrado. Ok, vários nomes são os mesmos de antes e, portanto, deveria estar num nível semelhante ao do adversário. Concordo; porém, o jogo não flui.
A zaga precisa de ajustes, o meio-campo carece de velocidade e criação e o ataque desta vez não funcionou. Diego Souza, Marcos Guilherme, Brenner (autor do gol) incomodaram pouco Cássio & Cia. Chover no molhado constatar que Dorival Júnior vai suar um bocado para colocar a casa em ordem. Quem sabe melhore com Nenê e Trellez. E ainda é preciso ver qual rumo tomará a carreira de Cueva.
O placar foi definido na etapa inicial, com os gols de Jadson (pouco mais de um minuto), Brenner (no empate) e Balbuena (aos 32). Nessa fase, houve ritmo bom de ambos os lados. No segundo tempo, caiu, pois tanto corintianos como tricolores sentiram o desgaste.
A diferença está no aproveitamento: o Corinthians, que jogou quatro vezes seguidas no Pacaembu - um absurdo na tabela -, tem 9 pontos e sobra no grupo dele. O São Paulo, com 4, por ora está na ponta na chave, mas com desempenho irregular, com 2 derrotas, 1 vitória e 1 empate.
Mas ficou mesmo no ar um jeito de filme já visto, para um lado e outro... Com o que tem de bom e, sobretudo, de preocupante...