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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Corinthians: que tal uma reflexão?

O corintiano está de cabeça quente. Muito justo. Não é fácil engolir desclassificação da Libertadores em casa, diante de um rival limitado e correto como o Guaraní. Pior, perder por 1 a 0, com dois jogadores experientes expulsos e, de quebra, com o time sem criar grandes oportunidades para anular a desvantagem anterior (2 a 0, em Assunção). Enfim, uma lástima.

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Por Antero Greco
Atualização:

O momento é de reflexão. Hora de todos pararem para analisar, com transparência, sinceridade e senso crítico, o que acontece no Corinthians. Ou melhor, o que deixou de ocorrer. Inegável que a largada na temporada foi animadora, com apresentações muito boas, tanto na Libertadores como no Paulista. Não foi por acaso que a rapaziada de Tite foi elogiada e colocada como candidata a título nas duas competições. Exageros à parte, e sempre há, o reconhecimento amplo era merecido.

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Mas o parafuso espanou em pouco tempo, e nas duas frentes. Veio a eliminação no estadual, nos pênaltis, diante do Palmeiras, e no Itaquerão, em que sustentava longa invencibilidade (ok, foi nos pênaltis, porém representou queda). Nesse meio tempo, também aconteceram a derrota para o São Paulo, na fase de grupos do campeonato continental, e aquela para o Guaraní  no Paraguai.Em todos os casos, sem jogar bem, embora com o saldo positivo pelo início da temporada.

Daí vem a partida de volta com o Guaraní. Imaginava-se o Corinthians ousado, eficiente, agressivo. Até tentou, esboçou reação, mas aquém, bem aquém do que poderia e deveria. O goleiro Aguilar não foi o melhor em campo, não fez uma infinidade de defesas complicadas. Ou seja, o Corinthians jogou feijão com arroz habitual, quando precisava de um banquete requintado.  Preocupa o fato de que, se tem um sistema defensivo bom, carece de apetite no ataque. E era jogo para encher o rival de gols.

Para aumentar os motivos para autocrítica, as expulsões. Fábio Santos e Jadson não são meninos, iniciantes ou inexperientes. As duas jogadas que renderam cartões vermelhos foram bobagens enormes, disputas de bola descabidas e em zona morta (o meio campo). O supremo castigo veio com o gol de Fernando Fernandez: 1 a 0 para o Guaraní. Essa doeu como tapa na cara.

 

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