Emerson Leão só se deu conta de que havia uma avenida à disposição do Corinthians, na direita, quando João Felipe, cansado de correr e de levar bola nas costas, apelou e deu safanãoem Jorge Henrique, aos 14 minutos da etapa final. Tomou vermelho e saiu de campo mais amargurado. Só então o treinador tricolor fechou o buraco, ao colocar Wellington lá. Com dez, e com erro corrigido, o São Paulo melhorou, mas não empatou.
O clássico foi bom, diria que "inaugurou" o Campeonato Paulista. O público foi ok, mas poderia ter sido melhor. Muita gente deve ter-se assustado com o tempo na cidade, já que água não faltou pra desabar em que se atreveu a sair de casa. Gramado escorregadio e a tensão característica do duelo entre os dois rivais fizeram a partida ser nervosa.
Com menos de dez minutos, são-paulinos levaram dois amarelos (Wellington e Cícero) e o Corinthians cresceu. No primeiro tempo, Júlio César quase não teve trabalho, enquanto Denis fez duas defesas difíceis, em chutes de Danilo e Fábio Santos. E ainda ficou vendido no lance do gol decisivo - Danilo, de cabeça, em cobrança de escanteio de Jorge Henrique. Ninguém subiu com o meia.
Apesar do sufoco, o São Paulo poderia ter ido para o intervalo com empate, se Jadson não tivesse mandado para o tobogã a cobrança de pênalti que Alessandro cometeu em cima de Cortez. Pouco antes, Ralf tirou de cabeça, em cima da linha, bola que ia ao gol.
Na etapa final, Leão ousou ao fazer substituições em penca, ao mesmo tempo, com Fernandinho, Maicon e Osvaldo no lugar de Jadson, Casemiro e Willian José aos 13 minutos. Mas, assim que o trio entrou, João Felipe foi expulso. O São Paulo pressionou na raça, sem muito sucesso e sem maiores sustos para Júlio César.
O Tricolor saiu com uma certeza incômoda: continua com complexo de inferioridade diante do Corinthians.