O trio de destaque na Série A deu mais uma demonstração de que não baixa o ritmo. Sobretudo o Cruzeiro. O líder arrancou vitória importante, de virada, nos 2 a 1 sobre o Goiás, em Goiânia. Outra vez o mérito da rapaziada de Marcelo Oliveira foi a superação, o toque de bola rápido, os contragolpes em alta velocidade, a pontaria certeira. Os 43 pontos do Cruzeiro são consequência de concentração e confiança.
O Botafogo fica atrás apenas na pontuação, pois tem 39 e não consegue encurtar a distância. Na aplicação e seriedade, empata com o Cruzeiro. O clássico com o Corinthians, no Maracanã, foi a enésima demonstração da capacidade de superar-se. Ainda uma vez com Seedorf à frente, o alvinegro tanto martelou que chegou à vitória quase no fim, com gol de Hyuri. Quem apostava em cavalo paraguaio vai quebrando a cara.
O Grêmio não faz por menos. Renato Gaúcho impôs mais vibração a um grupo bom, de muitos jogadores rodadas e que demorou a engrenar. Agora, se não sai na excelência técnica, vai na raça mesmo. Como se viu diante do Náutico, em Recife. O tricolor ganhou na base da insistência e com gols de Barcos (superou a fase instável) e Paulinho. Fez a obrigação de quem sonha em ser campeão: não ceder pontos para quem está em situação ruim.
O Atlético-PR tem invencibilidade longa (13 jogos), mas largou dois pontos fundamentais no empate por 1 a 1 com o Fluminense, em Curitiba. O Furacão teve chance de passar por mais um desafio, mas esbarrou em defesas de Diego Cavalieri. E cai muito, tão logo Paulo Baier dá sinais de cansaço e é substituído. Está com 35 pontos e tem a compensação de chegar à Libertadores.
Já o Corinthians é que não se emenda. Continua a ter a defesa menos vazada da competição (apenas 9 gols sofridos). Mas um monte de empates (9), poucas vitórias, um ataque que não agride (19 gols). Resultado: 30 pontos em 20 rodadas (o Santos tem 28 em 18) e praticamente o adeus à possibilidade de chegar ao hexa. A luta, agora, é um lugar na Libertadores de 2014.