Talvez tenha sido uma das melhores apresentações sob o comando de Paulo Bento. O Cruzeiro foi para Campinas consciente de que não poderia falhar, sob risco de enfrentar turbilhão e pressão tremendos. E cumpriu à risca o roteiro que traçou. Que consistiu, basicamente, e impedir que os donos da casa tivessem liberdade, impusessem o ritmo, criassem. O Cruzeiro marcou, bem e forte. Além disso, foi eficiente nas roubadas de bola e sobretudo nos arremates.
Aproveitou como nunca as chances que apareceram. Não foi por acaso que praticamente definiu a vantagem final ainda no primeiro tempo, com os gols de Henrique aos 9 minutos e De Arrascaeta aos 20. O próprio De Arrascaeta ampliou a diferença, aos 3 do segundo tempo, em cobrança de pênalti. Alisson, de pênalti muito estranho, fechou a conta aos 34.
O Cruzeiro explorou os lados, inverteu jogadas com habilidade, trocou passes. Não parecia a equipe acuada das últimas rodadas. Contou com uma pitada de sorte com os dois gols em menos de 25 minutos de jogo. Dessa maneira, desmontou a Ponte, empurrou um caminhão de responsabilidade para cima dela, e ficou à vontade.
Num campeonato tão equilibrado como este, pode até sonhar em avançar muito, se mantiver a toada e ganhar mais duas ou três em seguida. Parece doideira, porém é verdade. E a Ponte perambula pelo meio da classificação, com tendência de baixa.