Antero Greco
16 de agosto de 2016 | 17h24
Este post será breve.
Defensores de João Havelange, ao menos quando estava por cima da carne seca, chegavam até a comparar a importância dele para o futebol com a de Pelé. Claro, consideravam o trabalho do cartola superior ao do maior astro dos gramados.
Pois bem, tenho a dizer que, numa enciclopedia séria sobre o joguinho de bola, Pelé merece, digamos, 15o páginas; para Havelange, caberia um verbete enxuto.
Havelange é o homem que rodou o mundo para ganhar votos na Fifa e fez questão de posar ao lado de políticos de todos os matizes – de reis e rainhas, a democratas e ditadores. Para sentir-se um estadista como eles.
Pelé é mito que rodou o mundo, porque todos queriam vê-lo de perto, e posou ao lado de políticos de todos os matizes – de reis e rainhas, a democratas e ditadores, que fizeram (e fazem ainda) questão de eternizar o momento com o astro. Para sentirem-se um fenômeno como o Rei.
Por questão humanitária, descanse em paz quem partiu.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.