Antero Greco
29 de maio de 2016 | 00h00
O Santa Cruz ganhou notoriedade nas primeiras rodadas do Brasileiro pelo estilo abusado, sobretudo nas goleadas por 4 a 1 sobre Vitória e Cruzeiro. Coragem não faltou nos 2 a 2 com o Fluminense. Mas, na hora de deslanchar, mudou de estratégia e deixou escapar dois pontos, ao ficar no 1 a 1 com a Chapecoense, na noite deste sábado.
O Santinha abriu mão do atrevimento em Santa Catarina. Ao menos depois de ficar em vantagem, obtida com gol de Arthur aos 38 minutos do primeiro tempo. Claro que há o mérito na reação da Chape, como mandante e diante de público empolgado com a invencibilidade então ameaçada. Mas os pernambucanos tiveram chance de ganhar e desperdiçaram.
O erro foi recuar demais na etapa final. O meio-campo e o ataque, fundamentais em apresentações anteriores, desta vez ficaram apenas no regular. Keno foi a exceção, com boa apresentação. O goleador Grafite, 6 gols em três jogos, apareceu pouco, com menos chances para marcar. Além disso, Milton Mendes tratou de segurar o 1 a 0 e o castigo veio aos 39 minutos, com gol contra de Thiago Costa.
Ok, são 8 pontos e ainda a liderança na Série A. Posição que pode ser perdida neste domingo, a depender do que fizeram concorrentes como Inter, Grêmio, Palmeiras, para ficar em três exemplos de times do G-4. O importante para o Santa Cruz é a lição de que tem condições de continuar a brilhar, desde que não opte pelo medo como opção tática. E no meio da semana tem clássico com o Sport. Boa oportunidade para mostrar que continua valente.
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