Não é piada não, embora o nome da cidade sede da competição pareça uma sopa de letrinhas: a polonesa Bydgoszcz.
O primeiro a se classificar foi Paulo André de Oliveira, que venceu a série eliminatória com o tempo de 10s31.
O segundo foi Derick Silva, que na bateria dele ficou atrás apenas do norte-americano Noah Lyles, que marcou 10s22 - o tempo do brasileiro foi 10s34.
As marcas dos dois patrícios ficaram entre as cinco melhores entre todos os classificados para as semifinais, que acontecem nesta quarta-feira. O fato seria para comemorar e demonstraria que há seriedade no esporte nacional. Mas tanto um, como outro resultado são fruto de trabalhos individuais de treinadores dedicados.
No caso de Paulo André, além da genética, seu sucesso se deve a seu pai, o ex-atleta Camilo de Oliveira, também velocista, que chegou a competir com a lenda Carl Lewis. Morador em Vila Velha, Camilo treina seu menino numa pista de terra, bem humilde. "Aqui é faca na caveira", diz o professor e técnico, que garante: seu filho será um dos grandes da prova e ainda vai correr os 100 metros abaixo dos 10 segundos.
Se o surgimento desses garotos fosse fruto de um trabalho de massificação, de uma mentalidade esportiva saudável difundida no País, com certeza a pista de atletismo do Estádio Célio de Barros não teria sido concretada, principalmente porque está ao lado do Maracanã, onde ocorrerá a abertura dos Jogos Olímpicos daqui a poucos dias.