EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

(Viramundo) Esportes daqui e dali

E a seleção cresce, cresce...

A vida toda dei preferência ao clube em detrimento à seleção. Sem discussão, sem vacilar. A paixão do dia a dia vem na frente daquela pelo "time nacional".

PUBLICIDADE

Por Antero Greco
Atualização:

Mas, admito, ultimamente tem sido gratificante ver a amarelinha em ação. A transformação, desde a chegada de Tite ao comando, é inegável, intensa, gritante e evidente. Merece elogios.

PUBLICIDADE

Que mudança dos tempos de Dunga - e mesmo do Mundial de 2014. Antes, via-se uma tropa desarticulada, sem iniciativa e à espera de proezas de Neymar. Agora, se percebe organização, ordem, ensaio, variação. O Brasil não é um bando de bons jogadores a perambular pelo gramado. É uma equipe de futebol.

Não escrevo isto por causa das seis vitórias consecutivas. Como se ganhar seis jogos, depois do sufoco anterior, fosse brincadeira de criança, coisa que acontece a todo momento.

O que entra em conta na avaliação é a postura - e nesse quesito a seleção tem sido competente. Percebe-se um plano de jogo, a distribuição de tarefas ajusta-se, o entrosamento refina-se. O time não se defende na base do seja o que Deus quiser, assim como não é um largadão no meio-campo e no ataque. Há preparo.

Isso ficou claro no jogo com o Peru, terminado na madrugada de hoje. Após o susto inicial, com uma bola na trave do gol de Alisson, o Brasil acalmou-se, controlou as ações, domou o adversário e se impôs na categoria. Correu poucos riscos, bem a cara de Tite. Se não criou muito no primeiro tempo, soube ser eficiente no segundo, quando surgiram os gols de Gabriel Jesus e Renato Augusto.

Publicidade

Mais importante: houve trocas constantes na frente entre Philippe Coutinho, Gabriel, Neymar. Além disso, Renato Augusto funcionou bem pelo lado direito, foi participativo, fez gol. Paulinho também cobrou o setor dele e por pouco não fechou a conta em 3 a 0. Daniel Alves e Filipe Luís atacaram e defenderam bem, Miranda e Marquinhos estiveram firmes na zaga.

Há o que aprimorar, claro. Mas, a seleção cresce, desenvolve-se e vai incomodar mais, daqui para a frente. E, com 27 pontos, pode providenciar passaportes para a Rússia. Que, como diria o outro, é logo ali...

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.