A caminhada trôpega da turma de Felipão continuou na noite deste domingo, com os 2 a 1 para o Atlético, em Goiânia. Vá lá que a lista de baixas se mantém extensa, só que esse não pode ser o mote para explicar tantos tropeços. Antes, tinha também a concentração na Copa do Brasil. Só que o torneio acabou faz um mês e meio. Nem os erros de arbitragem podem ser lembrados, apesar dos estragos que provoca (e isso é generalizado).
O Palmeiras não foi um horror contra os goianos - e aí reside o conflito. No primeiro tempo, fez jogo equilibrado, se bem que largou confuso, com Roman deslocado pela direita e com o reestreante Correa desentrosado com os demais. A desorientação foi decisiva para a desvantagem, que veio num lindo gol de Eron.
Quando se ajustou, o Palmeiras tocou a bola, fechou espaços para o Atlético, foi à frente e empatou com Barcos, no momento seu principal jogador. Teve tempo suficiente, até, para a virada, se tivesse insistido. O time da casa sentiu e se agarrou à possibilidade de pelo menos garantir um ponto, que não ajudaria muito, mas seria melhor do que nada.
O Palmeiras ficou sem Valdivia pouco depois dos dez minutos da etapa final. O chileno pediu pra sair, por algum desconforto. É impressionante como ele não consegue ter uma sequência. É dos casos mais esquisitos e carece de explicação. Ou ele tem musculatura comprometida, ou o tratamento não é adequado, ou é manhoso. Ou é tudo isso junto. Obina entrou no lugar dele e por pouco não fez o segundo, pois o goleiro Márcio fez boa defesa.
Houve acomodamento dos dois times e oempate parecia o resultado mais natural. Até que a defesa do Palmeiras falha em bola pelo alto - deficiência que vem de longa data - e Rayllan, que havia entrado um pouco antes, carimba o gol de Bruno: 2 a 1 e campanha com resultados desapontadores.
Apesar de tudo, a perspectiva não aponta para tragédia iminente para o Palmeiras. Há times piores. Só que, se se apoiar nessa tendência, corre o risco de quebrar a cara adiante.