O Palmeiras adoçou a boca do torcedor com contratações em pencas durante toda a temporada. Parecia que só chegava craque para juntar-se aos demais. Isso desencadeou euforia, a ponto de lotar o Allianz Parque até em jogos contra adversários de menor expressão. Tudo indicava que os dias de glória seriam realidade.
O primeiro baque veio com a baixa de produção sob comando de Oswaldo de Oliveira. Troca-se o treinador - que, de fato, não deu liga - e no lugar dele chega o bicampeão Marcelo Oliveira. Reação imediata, entrada no G-4, sombra para os líderes e perspectiva de sucesso. Até...
Até perder partidas seguidas para adversários em crise ou na zona de rebaixamento. O reflexo veio ao despencar na classificação e estacionar nos 48 pontos, que o afastam da Libertadores, a não ser que vença o Santos na final da Copa do Brasil (com esse futebolzinho será difícil). O Palmeiras tem 14 derrotas no Brasileiro! Não há argumento que defenda esse retrospecto pobre.
A atuação diante do Vasco foi de irritar até o mais sereno palestrino. A equipe parecia um catadão de fim de semana, sem jogadas, sem coordenação, sem inspiração. Deu a impressão que o Palmeiras era quem tentava fugir do rebaixamento. Filme velho, que sempre assusta ao palmeirense.
O Vasco fez os gols no primeiro tempo e não foi incomodado dali em diante. Martin Silva assistiu ao jogo como espectador privilegiado, dentro do campo. Não fez uma defesa! Ridículo o fim de temporada alviverde. Ok, ok, a não ser que ocorra o milagre da Copa do Brasil.
Mas, aqui entre nós: com o que tem jogador, só mesmo com ajuda divina. E lá vem outro filme manjado: na virada do ano, muita gente vai embora, muitos virão e se reiniciará o ciclo de esperança/desilusão, esperança/desilusão...