Perder para o Inter não seria fora de propósito, pois não se trata de adversário de segunda linha. Chato é ser derrotado jogando pouco, como aconteceu. De novo, o Fla negou fogo, e isso não se deve ao placar. Não é julgar pelos resultados, pelos números frios.
O problema do Flamengo continua a ser a instabilidade, individual e de sistema. Não questiono tampouco empenho dos jogadores - não vejo ninguém fazendo corpo mole ou bobagens do gênero. A questão está no fato de que o time não rende e volta a sentir pressão pela falta de eficiência.
O nervosismo ficou evidente contra o Inter. Até houve situações de gol, com Guerrero, Sheik e outros. Aliás, os dois ex-corintianos andam em baixa, e isso se reflete no desempenho geral. O problema se concentrou na hora do ajuste, do arremate, do requinte. O Flamengo largou em algum canto a serenidade que havia encontrado com a chegada de Oswaldo de Oliveira.
A impressão que passa é a de que acabou o fôlego, quebrou-se o encanto. Com 44 pontos, está no bolo, mas voltou a ocupar posição intermediária (10.º lugar). Pior do que isso, fez voltar aos torcedores a insegurança do primeiro turno.