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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Egonu, fenômeno do vôlei feminino italiano

Você olha nos nomes escritos nas camisas azuis: Danesi, Ortolani, de Gennaro, Chirichella, Del Core - claro que se trata de uma seleção italiana. No caso, da equipe feminina de vôlei, que está disputando o Grand Prix, em Ancara. Mas, quando você chega na camisa 18 ,lê Egonu.

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Por Antero Greco
Atualização:

Egonu?

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Sim, Paola Ogechi Egonu.

E pode ir guardando esse nome, porque ela é um desses fenômenos do esporte e disputará a Olimpíada no Rio.

Na partida da manhã desta sexta-feira, na competição da Turquia, ela deu um trabalho insano para a equipe brasileira. Foi a melhor em quadra e só não conseguiu evitar a derrota de sua "squadra", porque o time de Zé Roberto Guimarães é uma máquina de jogar, com Dani Lins, Thaísa e Fernanda Garay. Três sets a um para as campeãs olímpicas: 24/26, 25/22, 25/13 e 25/22.

Mas falemos de Egonu: ponteira, 17 anos, 1m89 de altura e uma impulsão inacreditável. Segundo as publicações especializadas italianas, com um salto alcança a marca de 3,36 metros.

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"Sou uma afro-italiana", define-se a menina que nasceu na Itália e é filha de um caminhoneiro nigeriano. Sua mãe é enfermeira.

Ela joga no Club Itália, foi destaque do último mundial juvenil disputado no Peru e chega ao time principal do técnico Marco Bonitto como gente grande.

Contra as brasileiras mostrou suas armas: saca com incrível violência, bloqueia muito e derruba invariavelmente todas as bolas levantadas pelas companheiras.

Claro que em quadras italianas já foi vítima de racismo.  Conta que certa vez em Treviso a torcida adversária fez imitações de macaco, para provocá-la.

Agora, essa gente deve estar se mordendo de raiva, ao vê-la brilhando com a camisa azurra de número 18.

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(Com reportagem de Roberto Salim.)

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