Posturas alternadas. O Atlético começou melhor, o Cruzeiro ficou na espera, sem correr o risco de expor-se. A estratégia de Mano Menezes deu resultado, porque no contragolpe a equipe dele abriu o marcador, com Willian. Há consenso de que Victor falhou, pois a bola lhe passou entre as pernas. Mas teve a atenuante de que a jogada foi rápida, a zaga vacilou e a finalização do cruzeirense foi em cima. Injusto dizer que seria o vilão da tarde.
O Atlético voltou mais veloz para o segundo tempo, em que logo teve jogada importante: a expulsão de Mena aos 6 minutos. O incidente fez o Cruzeiro encolher-se de novo e abriu espaço para o Galo pressionar. Pressão, no entanto, que representou muitas chances de gol. Ainda assim, a insistência foi recompensada com o gol de Carlos aos 43.
Conta fechada? Quase. O Cruzeiro esteve com tudo para o segundo gol, aos 46, em cobrança de pênalti. No entanto, Willian viu o instante de glória parar nas mãos de Victor. O Cruzeiro reclamou antes de dois outros pênaltis. Concordo com um deles, num desvio de Leonardo Silva em disputa pelo alto com Manuel. Sem intenção, mas pelos critérios atuais, se o árbitro marcasse não seria fora de propósito. Mas...
O Galo não tem por que jogar a toalha. São cinco pontos para o Corinthians, mas ainda há 39 a disputar. Continua com tarefa difícil, mas não impossível. O Cruzeiro precisa de novo ligar o alerta, porque a zona de rebaixamento continua a fazer-lhe sombra ameaçadora.