O goleiro foi herói ao pegar dois pênaltis no momento decisivo e ainda influir no erro de Fernando Prass, na derradeira cobrança palestrina. O atacante teve desempenho expressivo, ao marcar os dois gols palmeirenses quase em cima da hora, quando tudo parecia perdido. Ele foi o responsável por levar a equipe para os pênaltis.
Mas, como a vida é cheia de ironias, errou na hora H e impediu o time de avançar para a disputa do título Paulista. O Santos está de novo, pela oitava vez consecutiva, na rota da taça doméstica, após os 2 a 2 no tempo normal e os 3 a 2 no tira-teima dos pênaltis. Fez a festa diante de público único, por sorte e coincidência o seu. Se fosse o Palmeiras, imagine que comemoração chocha que fariam seus jogadores - no gramado e longe de seus fãs.
O jogo esteve à altura da tradição de ambos. O Santos foi melhor no primeiro tempo, impôs seu ritmo, apertou o Palmeiras, criou chances, teve um lance em que o juiz Marcelo Aparecido lhe negou pênalti, mas abriu vantagem com Gabriel. Foi para o descanso aliviado e com bom caminho andado.
Os palmeirenses trataram de inverter a tendência, na segunda parte, e aceleraram. Cuca tirou Robinho e Alecsandro, sumidos, e colocou Cleiton Xavier e Rafael Marques. O empate raspou a trave, numa chance perdida por Gabriel Jesus, que saiu pouco depois para a entrada de Lucas Barrios.
O trio de reservas foi decisivo para virar a sorte do jogo, quando tudo parecia irrecuperável, após o segundo gol de Gabriel. Na base da vontade, da raça e por esses momentos só proporcionados pelo futebol, Rafael Marques diminuiu aos 42, empatou aos 43 e reacendeu esperança palestrina. Que morreu, em seguida, nos pênaltis...
O Santos chega à decisão com méritos e com futebol leve. Dorival Júnior remontou o time e manteve a aposta na mescla de juventude e experiência. O Palmeiras reagiu com Cuca, mas topa com duas decepções em poucos dias. O primeiro semestre passará em branco; os desafios importantes que lhe restam são Brasileiro e Copa do Brasil.