A construção do resultado vem cercada de discussões, como tem sido praxe no Brasileiro deste ano. Repare que, em cada jogo, se fala menos de lances, acertos e erros de técnicos e jogadores, e mais de decisões "polêmicas" da arbitragem. Virou carne de vaca só discutir o que o juiz deu ou deixou de marcar.
No caso da partida do final da manhã deste domingo, as assopradas de Luis Teixeira Rocha já serviram para declarações dos personagens e foram dissecadas na televisão. Sem entrar em pormenores, não daria nenhum dos pênaltis (aquele que Nenê aproveitou, aquele que Gamalho chutou na Lua e aquele reclamado por Jorge Henrique). Tampouco expulsaria Romário e Rafael Silva por causa de desentendimento bobo.
O que me interessa é a postura do Vasco - e essa conta demais neste momento. O time não tem o nervosismo, a insegurança, o medo de antes. Passou a tocar mais a bola, os jogadores sabem mais o que devem fazer e como fazer. As jogadas surgem, as chances também.
O Vasco recuperou a confiança, com a melhora no desempenho de gente como Martin Silva, Rodrigo, Nenê. Estava no fundo do poço e agora vislumbra a oportunidade de salvar-se. Era tido como morto na Série A, agora se aproxima dos outros que estão à frente. Ganhou quatro e empatou dois dos últimos seis jogos. Tem vida nova.
Com ou sem erros de arbitragem - que continuarão a existir - mostra poder de superação. Essa a lição que fica do empate diante do Avaí. E é uma lição de esperança.