Mas, depois dos dois duelos, surge a dúvida (e eu li isso): acabou o encanto de Pep Guardiola e seus métodos atrevidos? Há quem avalie o futebol pelos resultados, que são importantes e fundamentais, sem dúvida. No entanto, não são a única coisa que determina o valor de um treinador e de uma equipe. Portanto, a resposta pra mim é um óbvio não!
Guardiola é dos poucos técnicos que têm coragem de fazer os times trocarem passes e atacarem. Não se intimida nem diante da desvantagem enorme, como era o caso da semifinal da Champions. Tampouco se acovardou pela ausência de nomes importantes como Robben e Ribèry. O Bayern foi valente do começo ao fim, honrou a camisa, respeitou o torcedor.
Vá lá que não havia alternativa para Guardiola. Se colocasse o time atrás, correria o risco de perder, e feio. Se optasse só pelo ataque, também estaria exposto aos contragolpes, como de fato aconteceu. Tentou o meio-termo, o Bayern abriu o placar na Allianz Arena com Benatia aos 7, mas levou a virada com gols de Neymar aos 15 e aos 27.
A essa altura a vaca alemã estava atolada no brejo. Guardiola mexeu no time, tratou de deixar a defesa com três zagueiros, o Bayern se aproveitou de relaxo do Barça e chegou à vitória, na segunda fase, com os gols de Lewandowski e Muller, com aplausos da torcida.
Guardiola e Bayern são ótimos, e a parceria pode continuar a fazer sucesso. Mas, do outro lado, havia um trio formado por Messi, Suarez e Neymar que é extraordinário. E eles derrubam qualquer sistema e tornam o Barça superior.