Não seria dramático de afirmar que a bolha de excelência se rompeu. Claro que derrota como esta não tem nada de agradável e faz o torcedor ficar com um pé atrás. Mas há pontos a considerar, e os dois mais importantes são: 1 - perdeu para o vice-líder, que ainda está na corrida pelo título; 2 - tropeços acontecem aos montes e não haveria como manter sequência tão longa sem derrotas.
O problema maior do Fla é bem conhecido e voltou a dar o ar da desgraça: bolas altas. Dessa maneira, surgiram três dos quatro gols do Galo, um contra (Marcelo) e dois de Jemerson. Entra treinador, sai treinador, e a deficiência permanece. Desta vez não funcionou também o ataque, nem com a presença de Paolo Guerrero. Victor teve pouco trabalho.
O goleiro atleticano apareceu pouco, e bem. A grande jogada dele foi defender pênalti cobrado por Alan Patrick aos 8 minutos, quando ainda estava tudo no 0 a 0. O episódio encheu o Atlético de moral, para fazer 1 a 0. O empate com Paulinho não abalou muito. Tanto que veio o segundo gol, ainda no primeiro tempo, e com Jemerson. Fora o bombardeio contra Paulo Vitor.
O terceiro gol, também de Jemerson, colocou o Fla nas cordas. E o golaço de Datolo aos 25 minutos serviu para dar o fecho de ouro. Foi o gol mais bonito do fim de semana, pelo drible em Pará.
Eis a resposta para a pergunta do título: não acabou o sonho para o Galo. A taça ainda é possível.