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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Flu joga bem, mas cai em jogo polêmico

Um amigo veterano de televisão me dizia que locutor erra, como qualquer profissional. Mas, se errar, tem de ser com convicção, com classe e categoria. Sem direito a vacilo, pois aí fica chato e o telespectador percebe e pega no pé.

Por Antero Greco
Atualização:

Talvez o raciocínio se aplique também a juiz de futebol. O árbitro falha, e como! Porém, ao falhar, precisa fazê-lo com autoridade, firmeza e de cabeça levantada. Só assim deixará jogadores, torcedores e críticos em dúvida e divididos. Uns criticarão, outros defenderão até chegarem à conclusão de que se tratou de "lances polêmicos".

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Mas, e se o árbitro acerta sem certeza? É melhor ou pior do que errar com convicção? A plateia se divide da mesma maneira, com a diferença de que o considera um vacilão.

Tenho a impressão de que assim deve ter se sentido Raphael Claus, após o jogo da manhã deste domingo, em que a Chapecoense bateu o Fluminense por 2 a 1, em casa. O juiz anulou bem um gol de Marcos Júnior, quando havia empate por 1 a 1, e assinalou pênalti de Antonio Carlos, aos 43 minutos da etapa final do qual surgiu o gol da vitória da equipe catarinense.

Nas duas jogadas, ele matutou um tempo até a decisão definitiva. Na jogada do Marcos Júnior chegou a apontar o meio-campo; depois, resolveu consultar o bandeira e detectou toque no braço do jogador do Flu. Ao mesmo auxiliar recorreu ao dar pênalti do Antônio Carlos e não falta fora da área.

Nenhum dos episódios foi fácil. Pra quem está de fora, necessário ver repetidas vezes para se chegar a alguma conclusão razoável. Com direito a ponderações, controvérsias e contradições. Importa que foram momentos importantes, que determinaram o resultado do jogo. O jeito indeciso atrapalhou Raphael.

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Resultado ruim para o Flu e excelente para a Chapecoense, que passeia pelo meio da tabela. O tricolor brigava para ficar colado no topo da classificação - e, ao menos pelo segundo tempo, merecia melhor sorte. Foi quem tomou a iniciativa na Arena Condá, pressionou o rival, foi pra cima, criou chances para marcar, esbarrou nas próprias limitações e nas opções do árbitro.

A Chapecoense se garantiu com dois gols de Bruno Rangel, um em cada tempo. O Flu descontou com Edson. Foi a segunda derrota consecutiva, que breca a ascensão, com uma diferença em relação ao clássico com o Vasco: desta vez, o time de Enderson Moreira foi mais ágil e bem distribuído do que na semana passada.

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