O jogo foi um desastre rubro-negro, do início ao fim. Nada deu certo - marcação, armação, finalização. O time parou dez dias, mas deu a impressão de que voltava de férias, tal a falta de velocidade, de atrevimento. O Fla se entregou ao entusiasmo - ou melhor, à necessidade de vencer - do Figueira.
O resultado foi o time catarinense a pressionar, pois sabia que não lhe restava alternativa, senão a vitória, para melhorar a situação e ao menos por um tempo deixar a zona de rebaixamento. E aplicou-se como deveria. Teve como prêmio os gols, de Clayton (aos 20 do primeiro tempo e aos 21 do segundo) e o de Dudu aos 42 também da etapa final.
O Fla? Um ou outro chute a gol, sem maiores sustos para Alex Muralha. Na verdade, o goleiro do Figueirense até fez duas defesas, em consequência de jogadas na base da vontade e não como consequência de bola bem trabalhada pelo Flamengo. Nem Guerrero salvaria a equipe do vexame.
Na gíria do futebol, se costuma dizer que é jogo "para esquecer". Pois não é, não. É jogo para lembrar a todo momento, para mostrar como não deve comportar-se time que almeja algo mais do que ser apenas participante de um campeonato. É jogo para Oswaldo de Oliveira repetir, na concentração, como forma de puxão de orelhas para o elenco todo, os que entraram em campo e os que ficaram na reserva.