A festa foi verde e branca no Allianz Parque, porém poderia ter sido com menos angústia. Ao menos foi o que se desenhava, no primeiro tempo, quando o Palmeiras abriu 2 a 0 em pouco tempo - gols de Lucas Barrios -, pressionou, empurrou o Flu para o próprio campo e esteve perto do terceiro. Ensaiou abrir vantagem maior e liquidar com o desafio antes do intervalo.
Mas... o Palmeiras voltou a repetir erros comuns que o fizeram distanciar-se da luta pelas primeiras posições no Brasileiro. Ou seja, recuou, diminuiu o ritmo, ofereceu espaço para o Flu, que soube aproveitar-se e se impôs. Conseguiu, na raça, na valentia, fazer o gol, com Fred. E só não acabou com a ilusão palestrina porque Fernando Prass fez um milagre, ao defender com o pé chute à queima-roupa de Fred poucos segundos antes do final do clássico. Mas foi um Flu que saiu bem da competição, apresenta evolução sob o comando de Eduardo Baptista.
Nos pênaltis, prevaleceram serenidade e pontaria do lado paulista - e, de novo, a presença imponente de Fernando Prass, ao defender cobrança de Scarpa. Para complicar a vida do Flu, o zagueiro Gum chutou pra cima. Os palmeirenses vibraram aliviados e têm outra oportunidade de um título em 2015, em novos duelos com o Santos, algoz na decisão do Paulista.
O Palmeiras vai a campo embalado para os jogos com o Santos, pela maneira como obteve a classificação, e com a consciência de que, neste momento, o adversário está bem melhor. A lógica e o bom senso indicam o time de Dorival Júnior como favorito. O Palmeiras precisa equilibrar-se, para chegar com moral suficiente para desmentir essa superioridade teórica do Santos.