O clássico foi pobre, no aspecto técnico. Tanto Luxemburgo quanto Doriva armaram equipes para amarrar o jogo, com preocupação em não tomar gol em vez de prioridade para o ataque. O resultado disso foi um bolo no meio-campo, sem espaço para jogadas mais bem elaboradas.
O excesso de zelo, a obsessão por não permitir que o rival encontrasse espaço, levou a divididas duras, desleais, que deveriam ser contempladas com cartão vermelho e não com os amarelos distribuídos por João Batista. Deu a impressão de que não quis "estragar" o jogo decisivo.
Os casos mais graves e acintosos foram entradas de Jonas e Marcelo Cirino. Jonas deu uma voadora em Gilberto que não merecia sequer discussão: era rua direto. (E eu normalmente sou contra cartões de graça...). Depois, foi Cirino com pisão na canela de Guiñazu claramente com intenção de atingi-lo. É agressão, muito diferente de dividida forte. Sem contar pernada de Wallace...
O Vasco teve um lance grotesco, com agarrão de Luan em Marcelo Cirino que arrancava para a área. Fora esses, teve tranco de Dagoberto em Bressan, que o juiz não viu, mas foi na cara do bandeirinha. Dagoberto se jogou no corpo do zagueiro, com intenção de atingi-lo.
Uma pena que o jogo tivesse sido marcado por lances desleais. A torcida merecia espetáculo melhor, mais limpo, de nível equivalente à história de Flamengo e Vasco.