Estava chata a maneira modorrenta com que o Galo levava a Série A, depois da conquista da Libertadores. A taça continental anestesiou Ronaldinho Gaúcho e seus acólitos. O time demorou a recuperar o fôlego que lhe exigiram as etapas finais daquele torneio. Por isso, perambulou por bom tempo na parte de baixo da tabela, ali pela zona de rebaixamento.
Evidente que aquela situação era falsa. Nem tinha sentido o time campeão da América às voltas com o fantasma do descenso. A reação aos poucos veio e se consolidou nos 8 jogos disputados nos últimos 30 dias. Foram 4 vitórias, 3 empates e uma derrota apenas (para o São Paulo). Assim, foram 15 pontos de 24 disputados, que o levaram a 35 no total e ao 5.º lugar.
A vontade de empenhar-se de novo daqui em diante veio na vitória por 3 a 1, de virada, pra cima do Santos, em BH. Cicinho abriu o marcador aos 14,mas o troco veio com Luan aos 17. Antes do pessoal ir para a aguinha do intervalo, Marcos Rocha fez um golaço aos 36. Para encerrar a conversa, Alecsandro carimbou o dele aos 42 minutos do segundo tempo.
O resultado conta muito, sem dúvida. O mais importante, porém, é a postura da equipe de Cuca. O Atlético resgatou a confiança, a pegada forte no meio, as descidas atrevidas para o ataque. E sentiu pouco a ausência de Ronaldinho. Não que se deva festejar tal fato; longe disso. Em todo caso é bom prepara o espírito, caso o gaúcho fique fora do Mundial.