O caminho de cada um ficou evidente no duelo no Beira-Rio. Justiça se faça ao Inter: ao contrário das duas rodadas anteriores, desta vez foi firme diante de um rival de peso. No primeiro tempo, de bom ritmo, criou oportunidades para marcar, sobretudo com Lisandro Lopes. Buscou espaços, tratou de manter-se atento na marcação. Enfim, jogou como quem sabe impor-se dentro de casa.
No segundo, tudo de bom que havia construído foi por terra. Bastou o Atlético acelerar, soltar-se com rapidez em jogadas de contra-ataque para abrir enorme vantagem e pular para a liderança. Levir Culpi conseguiu ter o time solidário que tanto prega, com agilidade na hora em que perde a bola e com simplicidade mortal nas descidas para o ataque.
Assim fez e dessa maneira venceu. Maicosuel fez os dois primeiros gols, aos 13 e aos 33, enquanto Thiago Ribeiro aumentou a diferença aos 35. O Inter suavizou, se assim se pode considerar, com Lisandro Lopez, aos 40, quando nada podia ser feito para alterar a situação.
Para complicar, Anderson recebeu vermelho direto, aos 15, pouco depois do gol de Maicosuel, por xingar o bandeirinha. O árbitro Raphael Claus, mais um a seguir a cartilha implacável da Comissão de Arbitragem da CBF, mostrou a advertência irrecorrível. Não era para tanto.
Os juízes estão a exagerar nesse quesito, por mais que tenham simpatizantes. Sou contra autoritarismo, de qualquer forma e em qualquer campo de atividade.
O que vale: o Atlético tem 23 pontos, como Grêmio e Sport, e está melhor nos critérios de desempate. E em ascensão, firme na corrida pela taça. O Inter pelo jeito vai contentar-se de ficar novamente no meio da classificação. Que compense com a Libertadores. Espera-se.