O temor do técnico Marcelo Martelotte e dos dirigentes era eventual reação negativa dos santistas, quando a equipe entrasse em campo na noite desta quarta-feira. O time, não: Ganso. Foi intensa, e negativa, a repercussão sobre mais uma tentativa frustrada para acalmar o camisa 10, que desde o retorno da cirurgia no joelho tem reclamado "valorização". O torcedor anda desconfiado do maestro alvinegro.
Mas regente que é bom controla a orquestra e garante a satisfação do público. Pois foi isso que Ganso fez. Ele deu o passe para os gols de Zé Eduardo (o primeiro, aos 7 da etapa inicial) e de Edu Dracena (o terceiro, aos 29 do segundo tempo) e começou a jogada que resultou no gol de Keirrison (aos 3 minutos também do segundo tempo). Fora algumas jogadas de efeito.
Pronto, foi o suficiente para o torcedor se acalmar. Se não houve aplausos em pé, pelo menos ninguém o xingou. O rapaz é bom de bola, independentemente do que queira para sua carreira. E teve personalidade, até para fazer autocrítica e dizer que havia errado passes além da conta na primeira parte do jogo. Resta saber como será a relação com os fãs daqui pra frente.
Quem está caindo nas graças da torcida, mas a alviverde, é Patrik. O moço não tem ainda nem 21 anos (completa em julho) e aos poucos ganha espaço no time. Contra o Linense fez o primeiro e o terceiro (o do meio foi marcado por Kléber, de pênalti), movimentou-se bem na frente, deu trabalho para a zaga rival e se firma como opção para Felipão.
Não dá pra cravar (ainda) que Patrik venha a se transformar num goleador. Mas vai dando conta do recado e amadurece. O que já é alguma coisa num elenco limitado de estrelas.
Gostei do retorno de Lincoln, que estava encostado havia algum tempo. Ficou em campo boa parte do jogo e participou de lances decisivos. O Palmeiras fez bem em recuperá-lo.