Não há como negar que o tricolor era favorito, e por vários motivos. Para citar os mais óbvios: atuava como mandante, está no G4 e perto dos líderes e pegava um rival na zona de rebaixamento, instável e nervoso. Pois foi tudo o contrário o que assistiram os 25 mil torcedores que foram ao estádio. O time goiano mandou no jogo, fez três, perdeu chances e ainda teve um pênalti escandaloso que lhe foi negado.
Juan Carlos Osorio inovou outra vez, como é marca registrada. Novamente, começou com três zagueiros (Edson Silva, Breno e Lucão), sem a devida contrapartida da boa marcação no meio e o trabalho ágil dos alas, tanto no reforço para a defesa como nas descidas para o ataque.
O Goiás não inventou nada, jogou o básico - e o fez de maneira muito aplicada, simples e séria. Ganhou o meio-campo e arrancou muito em contragolpes, sobretudo com Felipe Menezes, Murilo e Erik. Dessa maneira, abriu o placar com Bruno (contra) e aumentou com Erik, antes do intervalo, num momento em que o São Paulo esboçava reação.
Osorio mexeu na equipe, colocou Ganso no lugar de Edson Silva, recompôs a defesa com quatro zagueiros, mas o time continuou torto. Panorama pra lá de favorável para o Goiás, que ficou só na espreita, pronto para o bote decisivo. Que veio com Erik, aos 31, num contra-ataque rápido. Lance para botar por terra qualquer esperança de reviravolta.
O quarto não veio por obra e graça de Marielson Alves da Silva. O árbitro ignorou entrada do goleiro Renan sobre Bruno Henrique, num pênalti mais claro do que a maioria desses que são marcados por qualquer choque de bola com as mãos. Amarelou o árbitro: era pênalti e vermelho para o goleiro são-paulino.
Uma noite que dá esperança ao Goiás e que faz o torcedor do São Paulo vaiar o time (em especial Ganso, dessa vez sem muito motivo) e dormir com dúvidas a respeito do futuro.