A distância entre o primeiro e o terceiro colocados poderia ter caído para a metade - e foi por pouco. O Grêmio encarou o Corinthians como altivez e sem nenhum receio, de acordo com o figurino de quem não se propõe a ser coadjuvante na competição e sim protagonista.
Essa postura tornou o duelo interessante e deixou o placar aberto até o final. Na primeira parte da etapa inicial, houve equilíbrio, sem muito atrevimento de cada parte. Antes do intervalo, porém, o Grêmio cresceu e passou a dominar o meio-campo e teve chance de abrir vantagem com bola perdida por Marcelo Oliveira.
A toada se repetiu na retomada da partida, até que chegou ao gol de Bobô. O Grêmio encorpou mais, deu a impressão de que levaria à quarta derrota do Corinthians no Brasileiro. Daí entrou em ação a qualidade de um conjunto que mantém o padrão, mesmo com desfalques. A defesa gaúcha teve um dos raros momentos de incerteza e levou o gol de Renato Augusto.
O Corinthians ensaiou a virada, mandou bola na trave, após defesa de Tiago, mas também ofereceu espaço ao Grêmio contra-atacar. O empate, ao final, ficou de bom tamanho, ou melhor: esteve de acordo com o que ambos mostraram.
O importante do jogo: o Corinthians tem força e fôlego para manter-se à frente, mesmo que agora não ostente tanta folga em relação aos demais. O Grêmio não é fogo de palha e sustenta subida desde a chegada de Roger Machado.
Briga boa e sem definição.