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(Viramundo) Esportes daqui e dali

GreNal emocionante. Mais nas arquibancadas

Não preciso de muito pra me emocionar. Ainda bem. Mas escrevo aqui que fiquei tocado ao ver, no início da noite deste domingo, torcedores de Inter e Grêmio a curtir o clássico lado a lado.

Por Antero Greco
Atualização:

Num pequeno espaço, ainda, no Beira-Rio, mas que tem um significado enorme para eventual transformação da forma como hoje se encara uma partida de futebol.

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O 0 a 0 no placar me interessa menos. O GreNal (sem hífen, como vi grafado numa crônica) pode virar um marco. A iniciativa de juntar opostos, num Estado em que o futebol divide profundamente, foi sacada inteligente, sensata e sobretudo factível.

O que vimos hoje é a prova de que a convivência pacífica não é impossível. Que o exemplo se estenda pelo Brasil. Aquele trecho de tribunas coloridas foi lindo e merece virar obra de arte. Com a bola a rolar, o empate mostrou méritos e limitações dos dois times.

O Grêmio, em fase de remodelação, jogou na base da superação, da marcação forte, da tentativa de anular qualquer iniciativa do Inter. Por isso, esteve ligeiramente melhor no primeiro tempo.

O Inter com diversas alterações, penou para encontrar brechas na parte inicial, teve em Alisson uma fortaleza (ao menos em duas defesas) e não pode apostar ainda em Anderson como um dos coordenadores do meio-campo. (Tanto que foi substituído por Alisson Farias.) Mesmo assim, melhorou no segundo tempo e na melhor chance parou em Marcelo Grohe.

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O Grêmio ressente-se da saída de figurões e lhe falta um centroavante, um "9" ou no mínimo alguém que empurre bola para o gol. O Inter careceu de atrevimento na criação de jogadas.

Na ordem natural da competição, o placar não mudou de forma significativa a vida de nenhum dos dois.

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