Injustiça com ambos. Eram apenas jogadores de futebol que, por circunstâncias, se encontraram no centro de uma história no fundo bonita, pois feita de paixão, dedicação e simplicidade. Não eram semideuses, nem personificação do mal.
Eram homens, mortais, que carregaram pela vida o que ocorreu numa distante tarde de inverno no Rio. Ghiggia festejado na terra dele, visto como carrasco por aqui. Barbosa só menosprezado, condenado a uma pena injusta e descabida.
A morte os reúne. Barbosa se foi em 2000, Ghiggia morreu nesta quinta-feira, aniversário de 65 anos do Maracanazo. Que se encontrem no céu e façam eternas disputas, para divertimento dos anjos que transformam nuvens em arquibancadas.
Vá em paz, Ghiggia. Fique sempre em paz, grande Barbosa.