Conversa fiada. O time equatoriano não foi páreo para o Grêmio, tomou 3 a 0 e na semana que vem joga em Porto Alegre praticamente para cumprir tabela. Ou à espera de um daqueles milagres que só acontecem a cada 100 anos no futebol. Ou uma hecatombe sobre a rapaziada de Renato Gaúcho.
A eficiência do Grêmio como caça-fantasmas fez o trabalho em 20 minutos. Tempo suficiente para os dois primeiros gols - com Luan aos 7 e Edilson aos 20, que se machucou no segundo tempo e deu lugar para Leo Moura.
A vantagem derrubou o Barcelona, que ficou perdido, sem saber o que fazer para salvar a honra. Teve de atirar-se à frente, mas parou no sistema de marcação desta vez impecável dos brasileiros.
No intervalo, o Barcelona mudou, na tentativa de voltar mais agressivo. E quase assustou, aos 3 minutos, num chute à queima-roupa de Ariel, na pequena área, e que Grohe parou com a mão direita. Defesa extraordinária, indício pra lá de seguro de que não haveria reviravolta. Defesa para encher de moral o Grêmio e colocar o Barcelona nas cordas.
Pois o nocaute veio aos 6, com o segundo gol de Luan, o terceiro da noite. Contra-ataque preciso e finalização impecável. Dali em diante, o Grêmio só ficou à espera do relógio andar, sem pressa, com serenidade, com autoridade. Com a certeza de quem está na decisão.
O Barcelona virou fantasminha camarada.
Agora, que venham os argentinos. River? Pode ser. Adversário de tradição. Lanús? Franco-atirador. Sem problema. O tricolor gaúcho dá passe gigante para o terceiro título continental.