A partida no Mineirão foi agradável, pela maneira de comportar-se das duas equipes. O Atlético apelou para a estratégia habitual, de pressionar logo de cara. Não o fez como em outras ocasiões, porque alguns jogadores estiveram aqui do desempenho costumeiro, casos de Guilherme, Thiago Ribeiro e mesmo do artilheiro Pratto.
O Grêmio manteve como ponto forte o meio-campo, que tem funcionado em sincronia perfeita, na contenção e na armação. Além de ser irrefreável nos contragolpes. O primeiro gol, marcado por Douglas aos 40 minutos do primeiro tempo, foi uma obra-prima, do começo (no campo de defesa) ao chute para as redes. Gol para acariciar a autoestima de um lado e para botar as barbas de molho do outro.
E as arrancadas econômicas e certeiras continuaram na segunda etapa, mesmo com ligeira melhora do Atlético. A missão tricolor foi definida aos 9, com Luan. Dali em diante foi o Galo a esgolear-se para diminuir a diferença, diante de um Grêmio seguro de si, longe da equipe instável de tempos atrás, antes que Roger assumisse. Taí um treinador que, com zero de badalação, se mostra uma das grandes novidades do Brasileiro de 2015.
Desastre para o Galo? Não. Continua na briga pelo título. Só deve resgatar o nível de eficiência de grande parte do primeiro turno. Teve a lamentar pênalti que Dewson da Silva não marcou quando ainda estava 0 a 0 o clássico. O Grêmio, em contrapartida, também reclamou de falta de Thiago Ribeiro sobre Galhardo. Critérios, critérios de arbitragem que têm dado o que falar.