Tanto num jogo quanto no outro, a Inter tratou de apresentar logo suas armas e decretar quem mandava. Não foi por acaso que liquidou os dois adversários com o placar de 3 a 0. Diante dos coreanos, na quarta-feira, não prevaleceu apenas a superioridade técnica. Contou também o temor de passar por vexame semelhante ao do Inter, que se dobrou ao Mazembe um dia antes. A equipe europeia foi atenta do começo à última assoprada de apito.
Na decisão, a Inter passou pelo representante do Congo com altivez irritante. Depois de marcar os dois primeiros gols, recorreu a atitude quase displicente, não deu a mínima bola para o rival e arrastou o jogo até o fim. Teve jogador que saiu de campo com o uniforme limpo, intacto, pronto para ser recolocado na mala. O título mundial foi mais fácil do que se esperava.
Ao Inter restaram o terceiro lugar (4 a 2 no Seongnam) e a lição de que nome é importante, mas não ganha taças. É preciso aplicar-se e ser implacável, como fez a Inter. Por isso, a tarefa dos milaneses pareceu, ao fim da expedição ao Oriente Médio, simples e rotineira. Inter e Inter brigam por títulos continentais. Quem sabe o duelo não foi apenas adiado para 2011?