O que preocupa é a instabilidade colorada, detectada nos jogos do Campeonato Gaúcho e presente na largada em busca do tri da Libertadores da América. A equipe de Diego Aguirre não acertou o passo ainda, não tem uma cara definida, não entusiasma. E, claro, há pressão sobre o treinador uruguaio. Não é para menos: no estadual foram três empates e duas vitórias apertadas. Fora a estreia ruim no torneio continental.
O Inter repetiu erros contra o The Strongest, altitude à parte. No começo, tratou de aproveitar o fôlego, acelerou, criou uma oportunidade com Nilmar. Em seguida, caiu na armadilha e, em poucos minutos, levou dois gols que o empurraram quase para o nocaute: Chumacero aos 10 e Ramallo aos 14. E correu risco de levar mais antes do intervalo.
Na segunda etapa, tomou ânimo com o pênalti convertido por D'Alessandro aos 3 minutos, mas lhe faltaram força, pernas e estratégia para chegar ao empate. De quebra, tomou o terceiro aos 40 minutos (Chumacero de novo) e teve Nilmar expulso por jogada violenta.
A defesa até que não esteve muito exposta, porque o Inter jogou recuado. Mas meio-campo e ataque sumiram. O recém-repatriado Anderson foi um fiasco e não aguentou mais do que 36 minutos em campo. Saiu por falta de ar e foi substituído por Vitinho, o que não alterou grande coisa.
Criatividade baixa, que precisa ser resolvida, pois nas próximas semanas o Inter terá desafios contra Universidad de Chile (perdeu para o Emelec), Grêmio (pelo Gauchão) e Emelec, no encerramento do primeiro turno.
A reação deve vir com urgência ou o caldo entorna para Aguirre.